Van Gogh ingeria tinta e foi internado depois de cortar a própria orelha esquerda
- correio_da_historia

- 15 de abr. de 2021
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De acordo com o museu Van Gogh em Amesterdão, o pintor confessou ter ingerido tanto tinta (em especial, a terebintina), nunca se comprovando que se focava numa cor específica durante esses episódios, ou que havia alguma crença ou simbologia por trás do ato.
Assim, a suposta relação feita na mente dele entre a cor amarela e a felicidade é uma notícia falsa. Na verdade, o único objetivo que o artista pretendia alcançar a beber estas substâncias que, evidentemente, não são apropriadas para o consumo, seria o de envenenar o próprio organismo.
Quando o pintor foi internado no asilo para doentes mentais de Saint-Rémy, escreveu uma carta para o seu irmão mais novo,Theo, em que explicava a sua situação: “Parece que eu agarro em coisas sujas e como as, embora as minhas memórias desses momentos desastrosos sejam vagas”, relatou, ainda de acordo com o Museu holandês. A ocorrência destes episódios fez inclusive com que o artista fosse por vezes impedido de entrar no próprio estúdio de pintura, uma medida tomada para assegurar o seu próprio bem.
Outro facto relacionado a este é que Van Gogh foi parar em Saint-Rémy depois de cortar sua orelha esquerda aos 35 anos de idade, uma das mais famosas ocasiões em que acabou a magoar se a si mesmo.
Em novembro de 2020 uma pesquisa publicada na revista científica “International Journal of Bipolar Disorders” chegou à conclusão de que o artista sofria de transtorno bipolar; que é caracterizado por períodos de mania e períodos de depressão.
Segundo os especialistas, esta condição mental ainda seria intensificada pelos delírios que acometiam Van Gogh durante os seus períodos de abstinência súbita do álcool: os seus piores episódios depressivos (com um deles apresentando inclusive características psicóticas, com a presença de alucinações) vinham depois dessas abstinências.
O estudo, que foi repercutido pela Galileu, traçou ainda uma relação entre os problemas de saúde mental enfrentados pelo pintor e o seu trágico suicídio, em que usou uma arma de fogo para atirar contra o seu próprio peito.
Se Van Ghog tivesse tido acesso aos tratamentos e terapias que temos disponíveis hoje, poderia ter impressionado ainda mais o mundo inteiro com as suas pinturas.





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