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Sto. António, omnipresente em Guimarães



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Sto. António é o único Santo português que está no “núcleo duro” ou se quisermos no “top” da elite dos Santos mais venerados no mundo, a par de São João e de São Pedro. Santo António conta com milhares de templos com o seu nome em diversos países nos cinco continentes.


Guimarães não é excepção e as referências dos vimaranenses a este Santo são mais do que muitas pelo seu território.


A veneração dos vimaranenses é tanta que as forças políticas mais progressistas vimaranenses tentaram mudar o nome da Rua de Santo António no centro da cidade e a esmagadora maioria do povo vimaranense não se deixou vencer pela imposição administrativa voltando a rebaptizar a rua que liga o Toural à Rua Gil Vivente com o nome deste Santo que é normalmente associado aos casamentos e aos objectos perdidos.


Apesar de ter morrido em Pádua, Sto António nasceu em Lisboa, estudou no Convento de Santa Cruz, passou pelo norte de África e acabou por morrer em Pádua.


S. Francisco de Assis foi seu contemporâneo e amigo costumando-lhe chamar “O meu bispo”.


Os seus sermões eram dos mais eloquentes que se já ouviram na cristandade chegando este Santo a falar para uma plateia de 70 000 almas.


Diz a lenda que os sinos da Sé de Lisboa tocaram sozinhos na mesma hora que o português Sto. António morreu em Pádua na Itália.


Em Guimarães existe uma irmandade que nasceu no ano de 1703 que ainda nos dias de hoje reúne na irmandade de S. Domingos e que comemora no dia 13 de Junho o dia de Sto. António, relembrando nesta cerimónia o milagre do “Pão de Sto. António”.


Obviamente que em Guimarães não podemos passar ao lado da maior referência ao Santo António que é o Convento de Sto. António dos Capuchos (Antigo Hospital de Guimarães), muito importante por ser o maior convento franciscano construído num lugar tão nobre e numa grande proximidade ao castelo de Guimarães.


Mas a existência ao longo dos tempos de vários templos e ruas em Guimarães dedicadas a Sto. António é uma realidade. Seja nas taipas, a antiga e desaparecida capela na freguesia de S. Tomé de Caldelas, seja em Mesão Frio, seja em S. Cláudio de Barco, seja na rua da Arcela e noutras localidades…. É de facto um sinal da importância deste primeiro professor teólogo da Ordem de São Francisco de Assis.


Mas não é só em edifícios que encontramos as referências a este Santo, encontramos em Guimarães estas referências por exemplo no nome do “Lar de Sto. António” no Salgueiral ou na existência das festas da Cruz de Pedra em homenagem a este Santo, assim como nas festas de S. Cláudio de Barco junto à capela de Sto. António.


Em todo o país as referências a Sto. António são inúmeras chegando a ter em Lisboa um museu com o seu nome.


As imagens de Sto. António estão também espalhadas por muitas igrejas, irmandades e Instituições de Guimarães. A devoção continua forte passados vários séculos deste Santo português muito popular pelo mundo inteiro.


Paulo Freitas do Amaral – Licenciado e Pós-graduado em História

 
 
 

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