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Guimarães e Felgueiras - Uma História por fazer...(Crónica de Paulo Freitas do Amaral)


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Esqueçam todas as divisões municipalistas posteriores ao ano de 1832 e a linha divisória que separa a freguesia de Serzedo (Guimarães) com a freguesia de Vila Fria/Pombeiro (Felgueiras) e agora passem a analisar a região de Guimarães de uma forma “eclesiástica” e própria de um tempo em que a igreja detinha o poder temporal e espiritual.

Obviamente irão concluir que o Mosteiro de Pombeiro assumia junto da cidade de Guimarães um local de enorme importância.


Construído durante o período de vida do nosso D. Afonso Henriques, foi de certeza lugar de paragem obrigatória e de frequência assídua do nosso primeiro Rei, não só por ser um mosteiro em construção e como tal novidade, mas também por ser uma obra de uma magnitude fantástica.


Alguns túmulos de templários encontram-se à entrada do Mosteiro.


Com uma Sé de Braga muito distante de Guimarães e com o Mosteiro de S. Gonçalo em Amarante ( a partir do Século XIII) a um dia de caminho de cavalo do Berço, o Mosteiro de Pombeiro, o seminário adjacente,a primeira " fábrica" de sinos da península ibérica (recentemente descoberta) e todas as casas senhoriais nos arredores do Mosteiro assumiam uma importância que a História de Guimarães não poderá ignorar…


Aquela região em certas alturas da História assumiu também o papel de acolher os vimaranenses brasonados nas suas segundas casas de família. É o caso de muitas das famílias antigas vimaranenses.


No âmago destas famílias muitas foram as personalidades que ali viveram com responsabilidades camarárias em Guimarães e junto das cortes dos diversos Reis de Portugal (sempre representando Guimarães).


Se nos debruçarmos mais atentamente chegamos a perceber que as famílias que viviam neste vale agora felgueirense estão na génese da Misericórdia de Guimarães, na Ordem S. Domingos entre outras irmandades vimaranenses.


A freguesia de Vila Fria em Felgueiras durante séculos tornou-se atraente para os vimaranenses não só pela sua importância religiosa que na altura assumia mas também por ser atraente durante a estação do Verão. Esta localidade era um óptimo local de passeios, de banhos, de terrenos agrícolas férteis e com vestígios de património romano únicos e invulgares no país inteiro.


Actualmente a Ponte do Arco que separa o Concelho de Guimarães do Concelho de Felgueiras merecia dos executivos camarários uma atenção especial por ser um potencial de atracão turística e de desenvolvimento de ambos os concelhos.

A recuperação da praia fluvial a meias paredes com o parque de campismo de Vila Fria e os caminhos pedestres já delineados na margem felgueirense seriam um acrescento ao potencial que também existe na margem vimaranense.


Por sua vez a Câmara de Felgueiras também poderia aproveitar as fortes políticas “verdes” que Guimarães está a incrementar para ter proveito de um rio Vizela despoluído e que também é seu.


Paulo Freitas do Amaral - licenciado e pós-graduado em História

 
 
 

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