Filipe, Duque de Edimburgo
- correio_da_historia

- 13 de abr. de 2021
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Os problemas que Filipe, Duque de Edimburgo, teve na sua vida devido à ligação da sua família com o Partido Nazi.

O mundo parou ao ouvir a notícia da morte do príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, na última sexta-feira, 9.
O marido da rainha Elizabeth II faleceu aos 99 anos, devido a problemas de saúde que apresentava desde o início deste ano.
Ao ser confirmado o falecimento pelo Palácio de Buckingham, diversos líderes mundiais começaram a homenagear e, inevitavelmente, a vida de Filipe foi relembrada.
Entre os seus feitos como membro da família real britânica e o seu legado para seus filhos, netos e bisnetos, alguns detalhes controversos também vieram à tona.
O nome de Filipe foi bastante mencionado na década de 1990, principalmente quando associado ao nome de Diana, a falecida Princesa de Gales. Entretanto, as polémicas do Duque de Edimburgo são ainda mais antigas e envolvem grande parte de sua família.
Nos últimos dias, uma questão voltou a ser debatida entre os críticos do príncipe e defensores da monarquia. Sabe-se que suas irmãs eram casadas com membros do partido nazista, em plena Segunda Guerra.
Uma família de nazistas
Em 20 de novembro de 1947, ao se casar com Elizabeth, Filipe contou com parte de sua família presente na cerimônia real, com excepção de suas irmãs. A ausência chamou atenção do mundo inteiro e a causa por trás disso chocou as pessoas.
A irmã de Filipe, Sophie, era casada com Christoph de Hesse, diretor do Ministério das Forças Aéreas do Terceiro Reich. Os outros cunhados do príncipe não ocupavam cargos de tamanha importância como de Hesse, mas faziam parte de círculos aristocráticos alemães e eram membros do partido de Hitler.
Ainda assim, o Duque de Edimburgo lutou pelos Aliados na guerra e concordou em evitar a presença dos familiares no casamento — ainda que a o conflito tivesse terminado — para não interferir na reputação que a família real cuidadosamente tentava manter. Os esforços foram muitos, mas a fama da família nazista também caiu para cima do príncipe.
Uma das evidências polémicas da sua família que, supostamente, comprovariam a ideologia da família de Filipe seria uma foto em que ele está na presença de diversos nazistas. No entanto, a imagem remonta a 1937, no funeral de sua irmã Cecile que havia morrido numa queda de avião.
Mesmo passado anos da sua adolescência na Alemanha, apenas as suas irmãs eram declaradamente nazistas. Cecile chegou, até mesmo, a batizar seu filho como Karl Adolf, uma clara referência ao Führer.
No entanto Filipe era um nome notável apoiador das causas judaicas, conforme enfatiza a agência internacional de notícias Jewish Telegraphic Agency.
O marido de Elizabeth compareceu a inúmeros eventos para homenagear as vítimas dos terrores nazistas, chegando a dizer num discurso que “o Holocausto foi o evento mais terrível de toda a história judaica e permanecerá na memória de todas as gerações futuras”.
No ano de 1994, o príncipe foi o primeiro membro britânico a visitar Israel. Na época, o duque fora receber uma homenagem póstuma à sua mãe, Alice de Battenberg, reconhecida mundialmente por sua contribuição para salvar vidas judias durante a guerra.
Desde então, a reputação da família de nazista de Filipe estava resolvida, afinal, não existem provas de que ele tivesse ligação com o partido de Hitler.





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