13 de Maio; aniversário do Marquês e antigo feriado de Lisboa
- correio_da_historia

- 13 de mai. de 2021
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Sabia que entre 1926 e 1934, o feriado municipal de Lisboa assinalou-se a 13 de maio, dia do aniversário de Sebastião José de Carvalho e Melo (1699 - 1782), mais conhecido por Marquês de Pombal.

A proposta foi aprovada em assembleia municipal a 11 de março e, dois meses depois, as cerimónias municipais tiveram como ponto alto a deposição da primeira pedra do Monumento ao Marquês de Pombal, pelo presidente da República Bernardino Machado (1851 – 1944). Curiosamente, não era a primeira vez que aquele mesmo presidente lançava simbolicamente a pedra fundacional do monumento. Uma cerimónia idêntica havia sido protagonizada pelo mesmo Bernardino Machado, a 12 de agosto de 1917.
Bernardino Machado não completou os dois mandatos presidenciais para os quais foi eleito. Em 1917, foi exonerado pelo golpe de Sidónio Pais (1872 - 1918), e, em 1926, foi destituído pela revolução de 28 de maio, que impôs a ditadura militar e que abriu caminho à instauração do Estado Novo. Nesse novo regime, a 20 de dezembro de 1934, em sessão de câmara, adotou-se como feriado municipal o dia 25 de outubro, em memória de um longínquo dia de 1147, no qual as tropas de D. Afonso Henriques e de cruzados do Norte da Europa consumaram a conquista de Lisboa aos muçulmanos.
Haveriam ainda de passar alguns anos até que o feriado municipal lisboeta estabilizasse no dia 13 de junho, assinalando a data de falecimento de Santo António, como ainda hoje se mantém.
A decisão de alterar o feriado para o dia 13 de junho foi tomada pela Câmara Municipal de Lisboa, em sessão realizada a 21 de maio de 1953 (Acta n.º 197). A proposta, subscrita pelo presidente Álvaro Salvação Barreto, mereceu a concordância dos vereadores, à exceção de Artur de Oliveira Ramos, que pugnou pela manutenção do dia 25 de outubro (Reunião da Ex.ma Câmara, efectuada em 21 de Maio de 1953. Acta n.º 197, p.13)





Podiam citar o Museu de Lisboa como fonte.