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Tanque da Casa do Ribeiro - Guimarães


Não é fácil chegar à Casa do Ribeiro em S. Cristóvão de Selho. É preciso conhecer a zona relativamente bem para se encontrar com facilidade a propriedade. Talvez seja ppr causa do acesso que este silar do século XVIII é relativamente desconhecido. Nas imediações de pevidem perto das margens do rio Selho, a cerca de 7 km do centro de Guimarães. O seu jardim formal, ao estilo francês, com canteiros rodeados por murta, em forma de coração, a que um tanque, contemporâneo empresta monumentalidade. O tanque da Casa do Ribeiro é recortado, permitindo aproximação à fonte com três saídas de água dentro de bocas de animais - um leão e dois peixes, numa referência à família que o construiu, os Peixoto - que são ladeados por dois nichos e encimados por um terceiro, onde se depositam três imagens: fe, Esperança e Caridade. Entre conchas e outros motivos marinhos, a estrutura central da fonte eleva se até ser coroada por um corvo. Esta é uma peça de sentimento barroco mas feita no período rococó, pelo que se misturam elementos dos dois estilos. A fonte prolonga-se lateralmente para a direita e para a esquerda de forma simétrica. O pano central, mais baixo do que a estrutura da fonte, é também ornamentado por dois nochos (Nossa Senhora do Carmo e S. José), encimados por conchas de grande formato e trabalho complexo. Os panos laterais são mais simples, mas mais altos, sendo terminados por duas urnas.

Atrás do tanque principal há um segundo tanque escavado numa grande rocha. São ambos alimentados pelas mesmas águas e, de resto, a forma de abastecimento é outra curiosidade desta peça. A água provém de uma nascente nos terrenos da casa, a cerca de 2 km de distância, alimentado por uma mina, com cerca de um metro de altura que, no último troço, dá lugar a um aqueduto, que leva a água até à estrutura de central do tanque.

Aí, uma estrutura simples, em pedra, distribui a água entre aquela que cai no tanque monumental e a que desliza até ao que chamariamos tanque de serviço.

É claro que um sistema complexo como este só seria possível numa casa rica, como era a de Veríssimo Peixoto de Carvalho, que mandou reconstruir, em meados do século XVIII, um solar cujo corpo central tinha provavelmente um século nessa altura.

A configuração da Casa Ribeiro tem uma planta em U. com o portão monumental e um outro elemento de grande valia: uma capela, construída entre 1748 e 1752, também ela muito bonita, com uma curiosa planta ortogonal e um interior ricamente decorado, onde sobressaem o tecto em madeira pintada e o retábulo decorado com flores e conchas.


Fonte: Guimarães Top Secret

 
 
 

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