O PSD no horizonte de Portas - Opinião - Paulo Freitas do Amaral

Paulo Portas, ainda líder do CDS, teve uma vez uma frase engraçada: "os ex líderes do CDS são um pouco como os jarroes chineses; são muito bonitos mas nunca sabemos muito bem onde havemos de os colocar em casa".

O que é facto é que com o CDS com as guerras fraticidas que a sua guarda "portoriana" leva a cabo dentro do partido, só quando não estão no poder, estão a levar o CDS para o abismo...o que a meu ver, faz Paulo Portas sentir-se um jarrao chinês, sem partido algum que o apoie para as suas aspirações futuras.

Ao contrário de Lobo Xavier, que penso ter poucas aspirações política, e de outros senadores, Paulo Portas precisará de "um grande partido" para fazer valer as suas aspirações futuras. Para quem não sabe, Paulo Portas já foi, na sua juventude, militante do PSD, facto de que em tempo certo, tenho a certeza de que fará lembrar ao país essa sua passagem pelo partido de Sá Carneiro...

Se o congresso correr mal a Nuno Melo, o ex líder do CDS começará a ver alguns dos seus mais leais guardas "portorianos"a engrossarem as filas de militantes do PSD, o que provavelmente será a melhor coisa que poderia acontecer para a carreira pessoal de Portas, pois uma candidatura presidencial, com o apoio do maior partido português ou um regresso a um cargo de ministro no Ministério dos Negócios Estrangeiros só acontecerá estando nas "graças" do partido laranja que na altura já contará com a guarda "portoriana" dentro do partido que poderá mover-se internamente para tal acontecer.

O percurso de Lucas Pires não torna inédito o percurso de Portas, embora ache que a mudança não será tão repentina. Portas irá assistir ao desenlace do congresso do CDS e só posteriormente fará a sua aproximação gradual, talvez, ainda por bastante tempo como independente ao partido que já fez parte.

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