O coro alto do convento do Carmo - Guimarães

A igreja que vos falamos está situada no convento do Carmo e é um templo onde nos salta à vista os retábulos barrocos joaninos yardios do altar mor e dos laterais encomendados em 1746, bem como a enorme imagem do século XVIII de Santo António. O coro alto é um espaço que continua arredado dos bilhetes postais e guias turísticos da cidade.

A construção do convento carmelita foi iniciada em 1685 e concluída dois anos depois. Em meados do século XVIII, foi construída a capela mor por ordem do arcebispo de Braga, D. José de Bragança. O coro alto é da mesma altura e permanece praticamente intocado desde a sua criação. Os principais elementos são de enorme beleza, como o nicho central, com um retábulo de ralha dourada, resguardando a imagem de Nossa Senhora do Carmo. Um cadeiral de duas filas contorna a sala, decorado a toda a volta, com painéis de madeira pintada com motivos florais e, no espaldar, representações religiosas.Acima do caldeiral, também ao redor do coro, há ponturas com motivos fitomorficos que decoram as paredes.

O texto de caixotoes, com motivos florais e anjos pintados, confere unidade e profundidade ao espaço.

O altar mor da igreja também é pintado com os mesmos motivos e, ainda que com novo altar, falsamente barroco, tape a visibilidade, permitia dar alguma unidade ao conjunto, acentuada pelas sanefas de talha d,ourada que encimam o coro alto quando visto do interior da igreja. Há duas formas de chegar ao coro alto.A partir da igreja, e preciso subir uma ingreme escada de madeira, cujo acesso está do lado direito do templo. A outra hipótese é através do interior do convento,por uma porta lateral. O coro alto foi também capela privada das freitas carmelitas e continua hoje a acolher missa diária para os internos do Lar de Santa Estefânia que passou a ocupar os espaço do convento depois de 1860.