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Mumadona Dias, um oásis feminino em Guimarães (Crónica, Paulo Freitas do Amaral)


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Um recente estudo verificou que na maioria das cidades as esculturas de mulheres são escassas, mesmo quando falamos das grandes metrópoles as estatísticas são demolidoras quanto ao género feminino…


Temos algumas silhuetas femininas simbólicas em número elevado como é o caso da estátua da Liberdade em Nova Iorque, em Paris ou a estátua da República espalhada por inúmeras cidades.No entanto naquilo que diz respeito à homenagem a mulheres reais que muito fizeram pela sua terra, o número de exemplos em todos os países é muito diminuto.


Guimarães não foge à regra, mesmo quando o meu Tio, Eng.Duarte Freitas do Amaral, sugeriu a Salazar a construção de uma estátua de homenagem a Mumadona em pleno Berço da Nação, o presidente do conselho respondeu como uma ignorância de arrepiar com a pergunta; Mas quem é essa? Depois lá autorizou a sua construção…


Já em democracia há que enaltecer o Professor Doutor Francisco Teixeira pela sua extraordinária iniciativa de colocar o busto da república no antigo Largo das Hortas e por toda a modernidade que com a sua acção enriquece Guimarães.


Mesmo entre estátuas religiosas espalhadas pela cidade; em frente à Igreja de S. Gualter, em frente à Igreja de S. Francisco, os bustos espalhados pela cidade como o do Baden Powell, etc…o domínio masculino é avassalador. Mesmo no âmbito da Monarquia, com excepção de Mumadona Dias, a simbologia com referência a Reis é dominante.


Alguns dirão; "a História no passado foi feita e escrita por Homens” ao que eu direi; “É tempo de mudar mentalidades e começar a fazer referência às mulheres que tanto fizeram, que tanto sofreram, que tanto trabalharam na construção da nossa cidade e do nosso país”.


É necessário uma Guimarães e um Portugal que faça homenagem a estas mulheres!

 
 
 

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