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A obra do Marquês de Pombal em Guimarães


odos reconhecemos o estilo pombalino nas fachadas dos prédios do Largo do Toural em frente à Basílica de S. Pedro. 

Esta foi a grande obra do Marquês de Pombal, a mando do seu Rei D. José I, em Guimarães. 

Quer acreditemos ou não, a influência muçulmana na península ibérica originou uma vitalidade urbana maior no sul do país do que no norte, onde Porto, Braga e Guimarães eram excepção. No entanto o grande aumento populacional durante a segunda metade do Século XV ocorrido no norte do país em cidades como Lamego, Viseu e Guimarães veio trazer a necessidade mais tardia de Marquês de Pombal criar estruturas para habitação da população e de marcá-las com o estilo semelhante ao que se fazia no resto da Europa, o nosso urbanismo. 

A edificação dos prédios pombalinos por volta do ano de 1791 em Guimarães não foi, no entanto, fácil, a nível do consentimento da comunidade vimaranense. 

Os médicos da cidade de Guimarães, apoiados em certa medida pela Igreja que administrava o hospital da Santa Casa situado no Terreiro da Misericórdia, não achavam correto a edificação de prédios com uma altura “gigante” que iria retirar a luz do dia e o ar, aos doentes de sífilis, tuberculose e outras doenças contagiosas que se encontravam no rés do chão do Hospital (onde hoje é a livraria ideal e a Adega dos Caquinhos). 

No entanto, este estilo pombalino tem muita inspiração estrangeira e marca de forma determinante aquilo que se consideram de cidades de influência cristã e de influência muçulmana. 

Contudo a obra de Pombal é impressionante, não só pela qualidade arquitetónica, mas também pela densidade de quantidade de construções; edificações por todo o Portugal Continental e nos países de língua portuguesa, com enfoque no Brasil. 

Marquês de pombal promove por certas cidades do país, espaços urbanos geometrizados e esclarecidos, com uma produção em série de materiais completamente inovadora. 

Faz reformas na Universidade criando a especialização em arquitetura. 

Guimarães não é exceção das suas políticas e realmente é fantástica a visão deste primeiro ministro iluminado que num vasto Império, não se esqueceu de Guimarães. 


Paulo Freitas do Amaral 

Professor, Historiador e Autor

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