A obra do Marquês de Pombal em Guimarães
- correio_da_historia

- 21 de ago.
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odos reconhecemos o estilo pombalino nas fachadas dos prédios do Largo do Toural em frente à Basílica de S. Pedro.
Esta foi a grande obra do Marquês de Pombal, a mando do seu Rei D. José I, em Guimarães.
Quer acreditemos ou não, a influência muçulmana na península ibérica originou uma vitalidade urbana maior no sul do país do que no norte, onde Porto, Braga e Guimarães eram excepção. No entanto o grande aumento populacional durante a segunda metade do Século XV ocorrido no norte do país em cidades como Lamego, Viseu e Guimarães veio trazer a necessidade mais tardia de Marquês de Pombal criar estruturas para habitação da população e de marcá-las com o estilo semelhante ao que se fazia no resto da Europa, o nosso urbanismo.
A edificação dos prédios pombalinos por volta do ano de 1791 em Guimarães não foi, no entanto, fácil, a nível do consentimento da comunidade vimaranense.
Os médicos da cidade de Guimarães, apoiados em certa medida pela Igreja que administrava o hospital da Santa Casa situado no Terreiro da Misericórdia, não achavam correto a edificação de prédios com uma altura “gigante” que iria retirar a luz do dia e o ar, aos doentes de sífilis, tuberculose e outras doenças contagiosas que se encontravam no rés do chão do Hospital (onde hoje é a livraria ideal e a Adega dos Caquinhos).
No entanto, este estilo pombalino tem muita inspiração estrangeira e marca de forma determinante aquilo que se consideram de cidades de influência cristã e de influência muçulmana.
Contudo a obra de Pombal é impressionante, não só pela qualidade arquitetónica, mas também pela densidade de quantidade de construções; edificações por todo o Portugal Continental e nos países de língua portuguesa, com enfoque no Brasil.
Marquês de pombal promove por certas cidades do país, espaços urbanos geometrizados e esclarecidos, com uma produção em série de materiais completamente inovadora.
Faz reformas na Universidade criando a especialização em arquitetura.
Guimarães não é exceção das suas políticas e realmente é fantástica a visão deste primeiro ministro iluminado que num vasto Império, não se esqueceu de Guimarães.
Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor






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