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Os Colossos de Mêmnon regressam à sua imponência milenar

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Após mais de duas décadas de trabalhos arqueológicos e de conservação, o Egito apresentou ao mundo a restauração dos célebres Colossos de Mêmnon, duas estátuas monumentais que guardavam a entrada do templo funerário do faraó Amen-hotep III, na margem ocidental do Nilo, em Luxor.

As figuras colossais, com cerca de 14 metros de altura e esculpidas em quartzito, tinham sido gravemente danificadas por um sismo ocorrido na Antiguidade, permanecendo durante séculos como testemunhos silenciosos de um dos maiores complexos religiosos do Egito faraónico. A recente intervenção permitiu consolidar as estruturas, reposicionar blocos originais e devolver estabilidade e legibilidade histórica ao conjunto.

O projeto envolveu equipas egípcias e internacionais, recorrendo a técnicas modernas de conservação, levantamento tridimensional e estudo arqueológico rigoroso, respeitando sempre os materiais e métodos da Antiguidade. A restauração integra-se num plano mais amplo de valorização do templo de Amen-hotep III, considerado um dos maiores alguma vez construídos no Egito antigo.

Para além do seu valor patrimonial, a recuperação dos Colossos de Mêmnon assume também um significado simbólico: o reencontro do presente com um passado de mais de três mil anos, agora novamente visível na sua escala monumental. O governo egípcio espera que a reabertura do espaço contribua para reforçar o interesse científico e turístico pela região de Luxor, verdadeiro museu a céu aberto da civilização faraónica.

No silêncio do deserto, os Colossos voltam a erguer-se como guardiões da memória, lembrando-nos que a História, quando preservada, continua a falar ao nosso tempo.

 
 
 

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